Dê os primeiros passos na fotografia com flash TTL. Entenda o seu funcionamento e saiba como usá-lo na hora de fotografar. Depois de ler este post, você perceberá que o flash não é um bicho papão. Muito pelo contrário, ele é o seu melhor amigo. Basta saber usá-lo.
A exposição do flash é afetada por 4 fatores essenciais: a potência, a distância que o assunto se encontra, a abertura do diafragma e o ISO selecionado. No modo de flash manual, você decide essas configurações, mas no modo de flash TTL a câmera mede o brilho refletido pelo flash e adapta automaticamente a potência do mesmo para fazer uma boa exposição.
A vantagem do flash TTL é que a câmera aperfeiçoa a exposição para compensar quaisquer filtros à frente da objetiva ou acessórios na cabeça do flash. Outra vantagem é que, ao contrário do manual, não precisa perder tempo calculando a exposição se mudar a abertura ou a distância que o flash foi colocado do objeto a ser fotografado.
Mas o TTL também tem desvantagens. Como mede a luz refletida pela superfície que o flash atinge, pode sobrecompensar para áreas muito brilhantes, ou escuras, ou particularmente refletida e produzir luz a mais ou a menos.
As últimas iterações de sistemas de flash TTL são inteligentes, mas estão limitadas pela velocidade de sincronização. Esta é a velocidade de obturação mais rápida a que o flash TTL normal pode ser usado, geralmente 1/200 ou 1/250. O fator restritivo é a forma como o par de cortinas à frente do sensor de imagem funciona. Até a velocidade de sincronização, toda a superfície do sensor é exposta à luz. Acima da velocidade de sincronização o sensor não é exposto totalmente.
Conheça as características principais de um flash externo
1- Ecrã difusor:
Espalha a luz para fornecer cobertura uniforme. Um painel destacável espalha a luz ainda mais para fotografia grande-angular, e também pode funcionar como um painel refletor para alterar a direção da luz.
2- Lâmpada de auxílio do autofoco:
Ilumina o assunto à frente do flash para que o sistema de autofoco da câmera consiga bloqueá-lo.
3- Sapata:
Serve para conectar o flash à câmera e permitir que os dois se comuniquem.
4- Tubo do flash
Uma carga de alta voltagem passa por este tubo de vidro cheio de gás xénon. É isto que cria o disparo do flash.
5- Cabeça de flash
É a parte superior do flash. Dependendo do modelo pode ser posicionada em vários ângulos de acordo com a necessidade do fotógrafo. Pode ainda incluir uma função de zoom que altera o feixe de lux.
Flash TTL e as Câmeras Digitais
Na fotografia analógica, um sensor de flash TTL media continuamente a quantidade de luz que era refletida da superfície da película. Depois de o flash determinar que o assunto havia sido exposto corretamente, o flash desligava.
Na fotografia digital, os sensores não refletem a luz como as películas, por isso a tecnologia TTL teve que evoluir. Os atuais sistemas TTL utilizam um pré-flash de baixa potência para determinar a exposição do flash ideal antes da exposição principal.
A luz refletida pelo objeto através da objetiva durante o pré-flash atinge as cortinas pelo sistema de medição normal da câmera em vez de por um medidor de flash dedicado.
1- Disparo Rápido
Ao apertar o botão de disparo, o espelho da câmera vira-se para cima e é disparado um pré-flash. O assunto e outras partes da cena refletem essa luz na objetiva.
2- Medição
A luz atinge as cortinas do obturador que permanecem fechadas à frente do sensor da câmera. Na sequência o medidor de exposição da câmera mede a luz refletida pela cortina.
3- Controlar a luz
A câmera usa a informação do medidor de exposição para determinar a potência ideal para o flash principal. Agora as cortinas do obturador abrem-se para expor o sensor e o flash principal é disparado.
4- Aperfeiçoar
A potência do flash cai com a distância, mas um ISO mais alto ou abertura maior alargam o alcance. Use compensação de exposição de flash para resultados mais fortes ou mais sutis.
Qual o momento ideal para disparar o flash e registrar o movimento?
Um mecanismo de obstrução é tipicamente construído por dois grupos de cortinas que estão entre o espelho e o sensor. As cortinas evitam que a luz chegue ao sensor até tirar a foto. Por definição, um flash dispara no início da exposição, à medida que o primeiro grupo de cortinas se abre. Isto é benéfico se o timing for crucial para uma foto, mas pode ser problemático se o assunto estiver em movimento; qualquer movimento registrado durante a exposição principal vai aparecer à frente do assunto. Mas muitas câmaras e flashes permitem escolher o modo de sincronização à segunda cortina, que dispara o flash mesmo antes da exposição acabar. Qualquer movimento registrado no início vai seguir o rastro do assunto, criando um resultado mais natural.
Procure estar sincronizado
As duas situações em que o flash TTL necessita de ajuda são quando usado sob luz solar ou na quase escuridão. Usar uma grande abertura em condições de muita luminosidade pode exigir uma velocidade do obturador muito maior que a velocidade de sincronização do flash. Para evitar erros de exposição, teria que reduzir a exposição geral para estar dentro do alcance do flash, talvez definindo uma abertura menor ou usando um filtro de densidade neutra. Em alternativa, pode ativar o modo de sincronização de alta velocidade num flash compatível. Ao fotografar no escuro e querendo captar a iluminação de fundo, pode ter de usar o modo de flash de sincronização lenta. Este vai manter o obturador aberto o tempo que for necessário para registrar a luz ambiente.
Definir uma abertura para desfocar o plano de fundo pode originar uma foto sob exposta. Isto acontece porque a câmera fica limitada à velocidade de sincronização do flash, e isto pode resultar numa exposição geral muito mais longa do que aquilo de que a cena necessita.
Sem o flash de baixa velocidade, o detalhe do plano de fundo não será visível. Alguns sistemas de flash estão definidos para sincronização lenta por padrão, embora isto possa resultar em fotos desfocadas.